Prefeitura de Formosa é alvo de buscas em investigação sobre corrupção

 O acusado no processo em questão, o procurador-geral de Formosa (GO), foi retirado temporariamente de suas funções. Além dele, pelo menos mais seis indivíduos enfrentam acusações no mesmo caso.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) iniciou a Operação Vinte por Cento na última sexta-feira (1º/3) visando desmantelar um alegado esquema de corrupção na Prefeitura de Formosa (GO), localizada no Entorno do Distrito Federal.

O grupo exigia propina

A investigação do MPGO revelou que o grupo sob investigação estava exigindo uma propina de 20% sobre contratos públicos, com valores variando entre R$ 2 milhões (R$ 400 mil), R$ 4 milhões (R$ 800 mil) e R$ 10 milhões (R$ 2 milhões).

Equipes de investigadores cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete da Procuradoria-Geral do município, localizado no edifício da prefeitura.

O procurador-geral do município e advogado Leonardo Cândido Martins Bonini, juntamente com pelo menos mais seis pessoas, enfrentam acusações neste caso. O juiz Francisco Gonçalves Sabóia Neto, da 3ª Vara Criminal de Formosa, designou Leonardo como réu no processo em andamento, resultando no seu afastamento das funções e restrições adicionais.

Leonardo está proibido de sair de Formosa e acessar as dependências da prefeitura sem autorização judicial, sob pena de prisão em caso de descumprimento. Além disso, ele não pode contatar os demais investigados no processo e deve comparecer ao tribunal mensalmente.


Coleta de provas do MPGO

A apreensão de computadores pela equipe do MPGO faz parte da coleta de provas para análise do serviço de inteligência da instituição. As investigações, que se estendem por aproximadamente dois anos, foram impulsionadas pela delação premiada de empresários e ex-servidores públicos.

Os réus incluem não apenas o ex-prefeito Ernesto Guimarães Roller e o atual prefeito Gustavo Marques de Oliveira, mas também o ex-secretário de Finanças, Luís Gustavo Nunes Araújo, o ex-secretário de Obras, Jorge Saad Neto, o secretário de Obras Elmon Abadio de Oliveira, e o secretário de Administração, Antônio Alves de Freitas Júnior.


Penas podem ultrapassar 20 anos

O MPGO alega a ocorrência de propina, fraude à licitação, corrupção passiva e peculato nos atos dos réus. Em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 20 anos de reclusão, com o procurador-geral Leonardo Cândido enfrentando uma sentença potencial de mais de uma década. Além disso, os acusados podem ser obrigados a ressarcir os cofres públicos de Formosa pelos prejuízos causados.

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Diário de Posse