Incêndio na Chapada dos Veadeiros destrói área equivalente ao tamanho de Vitória, no Espírito Santo
Duas aeronaves Air Tractor, um helicóptero, 50 veículos entre caminhões, caminhonetes e carros estão sendo usados na operação
O incêndio que devastou parte da Chapada dos Veadeiros, no nordeste goiano, consumiu mais de 10 mil hectares, o que corresponde a 100 km², segundo dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Para se ter uma ideia da magnitude do desastre, a área destruída pelo fogo equivale quase ao tamanho da cidade de Vitória, capital do Espírito Santo, que tem 97,1 km², conforme o IBGE.
O incêndio, que durou quase uma semana, comprometeu áreas dentro e fora do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Imagens divulgadas pelo ICMBio mostram o rastro de destruição deixado pelas chamas. Na manhã de quarta-feira (11), a chefe do Parque Nacional, Nayara Stacheski, informou que o fogo foi controlado, mas ainda havia focos ativos em regiões ao redor do parque.
"Nós estamos em monitoramento com o incêndio controlado, mas temos focos ativos no entorno do parque. O trabalho continua e a operação permanece ativa", declarou Nayara. O novo foco foi detectado na região de Moinho, uma área de difícil acesso, e equipes seguem trabalhando para combatê-lo.
A operação conta com 121 profissionais, incluindo brigadistas, servidores do ICMBio e do Ibama, além de colaboradores e voluntários. Duas aeronaves Air Tractor, um helicóptero, 50 veículos entre caminhões, caminhonetes e carros estão sendo usados na operação.
Os esforços para controlar o incêndio mobilizaram uma força-tarefa desde o início, com a participação de diversas instituições e voluntários que, ao longo de cinco dias, lutaram para impedir que as chamas avançassem e destruíssem ainda mais o ecossistema da Chapada.
A Chapada dos Veadeiros, uma das regiões mais importantes do Cerrado brasileiro, é conhecida por sua rica biodiversidade e por abrigar espécies ameaçadas de extinção. Incêndios frequentes, como este, trazem grandes prejuízos ambientais e destacam a necessidade de políticas mais rigorosas de prevenção e combate ao fogo na região.