Republicanos de Posse-GO é acusado de usar candidatura fictícia para fraudar cota de gênero
O partido Republicanos de Posse-GO está sendo acusado de fraude na cota de gênero durante as eleições municipais de 2024, em uma ação movida pela coligação “A Força da União”, composta por partidos como União Brasil, PSD, MDB, Podemos, PP e PSB. A denúncia aponta que a legenda utilizou uma candidatura fictícia de Vitória Lima, que, apesar de registrada como candidata, não fez campanha, não esteve presente nas redes sociais e obteve apenas 5 votos, mesmo sendo uma jovem ativa online.
Segundo os autores da ação, a candidatura de Vitória Lima teria sido uma estratégia para cumprir a exigência da cota de gênero imposta pela Justiça Eleitoral, já que o partido não teria outra mulher para candidatar. Outro ponto relevante na denúncia é que Vitória é enteada de Nivaldo Júnior, que concorreu ao mesmo cargo e ficou na suplência, obtendo 296 votos. A acusação é de que a falta de atividade de Vitória nas redes e sua proximidade familiar com Nivaldo evidenciam que a candidatura dela foi um artifício para garantir a cota, sem a real intenção de disputar.
A coligação apresentou provas de que Vitória Lima não fez uso de recursos de campanha e que sua presença nas redes sociais foi praticamente inexistente. Caso a fraude seja confirmada, os envolvidos podem ter seus registros ou diplomas cassados, além de enfrentarem a inelegibilidade por até oito anos.
Este tipo de acusação é grave, pois pode afetar a credibilidade do processo eleitoral e a integridade das regras de representação política, especialmente no que diz respeito à promoção da participação feminina na política. O desfecho dessa ação pode servir de alerta para outras práticas partidárias no cumprimento das normas eleitorais.
Fonte: Jornal Opção