AGRO: Exportação de café supera US$ 1 bilhão e bate volume recorde em novembro
As exportações brasileiras de café atingiram um volume recorde em novembro de 2024, com o embarque de 4,66 milhões de sacas de 60 kg e uma receita de US$ 1,34 bilhão, segundo dados divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O crescimento representa um aumento de 5,4% no volume em comparação ao mesmo mês de 2023 e um impressionante 62,7% na receita, impulsionado pela alta dos preços internacionais do café.
Em novembro, o preço médio da saca subiu para US$ 228, ante US$ 186,72 no ano anterior. Esse desempenho reflete a força do setor cafeeiro brasileiro, apesar dos problemas logísticos nos portos, que acumulam prejuízos significativos para os exportadores.
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Destaques do relatório do Cecafé:
- Exportação anual recorde: Até novembro, o Brasil exportou 46,4 milhões de sacas, superando o recorde de 2020.
- Desempenho por tipo:
- Café arábica: Representou 73,2% das exportações, com 33,97 milhões de sacas.
- Café canéfora (conilon e robusta): Crescimento significativo de 107,4%, totalizando 8,7 milhões de sacas.
- Café solúvel: Respondeu por 8% do total, com 3,69 milhões de sacas.
Problemas logísticos
O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, destacou os entraves logísticos que prejudicaram os embarques, como atrasos nos portos e custos adicionais com armazenagem e transporte. De janeiro a outubro, cerca de 1,71 milhão de sacas deixaram de ser exportadas, resultando em perdas estimadas em US$ 489,72 milhões.
Principais destinos do café brasileiro
- Estados Unidos: Maior comprador, com 7,42 milhões de sacas (16% do total).
- Alemanha: Segunda posição, com 7,23 milhões de sacas (15,6%).
- México e Vietnã: Destaques entre países produtores, com aumentos expressivos de 177,3% e 389,4%, respectivamente.
A União Europeia lidera o comércio entre blocos, representando 47,7% das exportações, com 22,13 milhões de sacas embarcadas.
O desempenho robusto do setor reforça a posição do Brasil como líder mundial na exportação de café, mas evidencia a necessidade de melhorias na infraestrutura logística para manter a competitividade global.