Assessor parlamentar é preso por ameaçar adolescente e tentar apagar provas de suposta relação com deputado de Goiás
Polícia investiga invasão armada e roubo de celular; suspeitos são ligados ao parlamentar
Um assessor parlamentar e outras duas pessoas foram presas nesta quinta-feira (12/12) em Aparecida de Goiânia, acusadas de ameaçar e roubar o celular de um adolescente. A ação, segundo a Polícia Civil, teria o objetivo de apagar imagens íntimas que comprovariam uma suposta relação entre o menor e um deputado por Goiás.
As prisões foram realizadas durante operação da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), após denúncias de que os suspeitos haviam invadido a casa do adolescente armados, exigindo a exclusão das provas e a senha do aparelho para apagar os arquivos armazenados na nuvem.
Ligação com o deputado
Um dos detidos, conforme informações divulgadas, foi localizado na residência do deputado federal Professor Alcides Ribeiro (PL), que confirmou que o homem era seu segurança e residia em sua casa. A Polícia Civil, no entanto, não revelou a identidade do parlamentar diretamente envolvido no caso e informou que as investigações continuam para apurar mais detalhes.
Ameaça e invasão
De acordo com as autoridades, os três suspeitos planejaram a invasão e agiram sob ameaças, pressionando o menor a apagar qualquer conteúdo comprometedor que teria sido trocado com o deputado via internet. Além do roubo do celular, a ação incluiu coação para que o jovem fornecesse a senha do dispositivo, com o objetivo de excluir permanentemente os registros.
Investigação em andamento
O caso ganhou repercussão pela gravidade das acusações e a possível ligação política dos envolvidos. A Polícia Civil ainda não informou se o deputado citado é estadual ou federal, mas confirmou que os envolvidos responderão por crimes como roubo, ameaça e possíveis infrações ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O deputado federal Professor Alcides, em nota ao Mais Goiás, afirmou desconhecer os detalhes da operação, limitando-se a confirmar que o suspeito preso atuava como seu segurança.
Próximos passos
As investigações continuam para esclarecer as circunstâncias do crime e a real participação de cada envolvido, além de avaliar a responsabilidade do parlamentar no episódio. A Polícia Civil deve ouvir o adolescente e outros envolvidos nos próximos dias.