Goiás avança na inclusão feminina na ciência, mas desafios persistem
O Governo de Goiás tem se destacado por políticas voltadas à redução das desigualdades de gênero e ao fortalecimento da participação feminina na ciência. Com iniciativas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), o Estado busca ampliar o protagonismo das mulheres em áreas estratégicas, como Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM).
Entre as principais ações, o programa Goianas na Ciência e Inovação já investiu mais de R$ 2,5 milhões em projetos liderados por mulheres. Além disso, a criação da licença-maternidade para bolsistas garante que pesquisadoras mães possam dar continuidade às suas carreiras sem prejuízos.
Os avanços são perceptíveis: na última edição do Prêmio Goiano de Ciência, Tecnologia e Inovação, seis mulheres conquistaram o primeiro lugar em diferentes categorias, consolidando a presença feminina na pesquisa e inovação. No entanto, cientistas e profissionais da comunicação alertam para a persistência da discriminação de gênero no meio acadêmico, com relatos de desigualdade salarial, preconceito e barreiras ao acesso a cargos estratégicos.
A pesquisadora Carolina Horta Andrade destacou um caso emblemático de discriminação, ao relatar que uma colega perdeu o cargo de pró-reitora por ser mulher e recebia um terço do salário de seu antecessor. A jornalista Maria José Braga reforçou que, apesar de serem maioria na profissão, mulheres enfrentam dificuldades para assumir postos de comando e são as principais vítimas de assédio moral e sexual.
Especialistas ressaltam que, apesar dos avanços, a equidade de gênero na ciência ainda precisa de mais incentivos. Em Goiás, iniciativas como o Goianas na Ciência e Inovação representam um avanço, mas o desafio continua sendo garantir que mulheres tenham as mesmas oportunidades e reconhecimento que seus colegas homens.